Twitter Trends

Pelo bem-estar coletivo: como priorizar o autocuidado para nós mesmos e os outros?

Bem-estar

O significado de bem-estar é amplo e não se trata apenas de saúde ou de ser saudável. Já era antes da COVID e se tornou ainda maior e mais proeminente depois da pandemia.

 

As conversas que acontecem no Twitter refletem as grandes mudanças de comportamento e cultura. Nós analisamos mais de 2 bilhões de Tweets e contamos tudo no nosso relatório “A Conversa: Twitter Trends”, uma pesquisa inédita com 5 macrotendências baseadas nas conversas e comportamentos da plataforma.

Uma das tendências analisadas é a de bem-estar que trata sobre abraçar a vulnerabilidade e empoderar as pessoas em suas jornadas de autocuidado. A forma como pensamos e falamos sobre saúde pessoal e bem-estar no Twitter está evoluindo. Sua marca pode impulsionar a conversa, incentivando um diálogo aberto e honesto. 

As pessoas estão falando sobre seu bem-estar pessoal — mental e físico — assim como o que isso significa para suas comunidades. Já se foram os dias em que só sobreviver bastava, certo? 

Coletivamente, já deixamos de considerar a ideia de “bem-estar” como apenas uma palavra da moda e estamos nos dedicando ao que a saúde pessoal realmente significa no nosso dia a dia.

Para mergulhar fundo na última tendência, convidamos a criadora de conteúdo, Nataly Neri  (@natalyneri), para compartilhar de que maneira o tema se traduz nas vivências diárias como creator no Twitter. Confira o seu artigo!

 

Um lugar para trocas reais sobre vivências em comum 

 

Estou no Twitter desde 2010. Entrei durante meu ensino médio e desde então o que mais gosto na plataforma é a rapidez e facilidade para me informar. É o lugar que eu vou quando quero descobrir o que está havendo de novo, quais as discussões e notícias fundamentais. 

Já tive muitas fases na plataforma (afinal, são 11 anos), já compartilhei minha vida pessoal, já usei para me conectar com amigos, já usei como muro das lamentações! Hoje em dia tenho um misto de interesses. 

Uso o Twitter para me informar a respeito de pautas que me atravessam, como as minhas identidades, por exemplo. Sempre entendendo onde e como está nascendo os debates a respeito desses temas. Mas a minha forma preferida de usar é descobrindo o que as pessoas têm pensado ou desejado para si e para o mundo.

Consigo manter conversas com a minha base de seguidores e me aprofundar no contato com essa galera plural, entendendo quem são eles, o que gostam de compartilhar e se envolver. O Twitter é um bom lugar para conhecer as pessoas de verdade e tenho me envolvido muito nas conversas a respeito da simples vida cotidiana.

A mente importa! Tendências para mentes mais saudáveis e abertas

 

Sou uma pessoa de interesses muito variados, acabo me envolvendo com um pouco de tudo: memes em que exploramos a criatividade e a comunicação de formas impensadas, tecnologia para compreender sobre o que me cerca, as mudanças e avanços desses espaços que passamos tanto tempo, cotidiano e bem-estar, buscando novas formas de olhar para minha realidade e interpretar meus desafios e potencialidades.

Compreendendo não só as identidades que existem em mim, mas buscando conhecer mais das que não me atravessam diretamente. Consumindo de tudo um pouco encontro fluência para meu trabalho enquanto criadora de conteúdo e potência para minha transformação pessoal enquanto ser. 

 

 

Criando comunidades de cuidado: fazendo melhor, juntos!

 

Inicialmente emprestar minha voz para abordar temas relacionados ao bem-estar foi um dilema. Uma insegurança nascida do medo de criar paradoxos ao falar sobre bem-estar e saúde e, ao mesmo tempo, seguir desejando falar sobre minhas cicatrizes sociais e dilemas identitários, materiais.

Durante muito tempo achei que eram áreas opostas da minha vida e por isso, temas distantes demais para serem tratados juntos. A mudança veio quando comecei a notar como precisamos falar sobre viver, não só sobreviver nas comunidades negras, LGBTQIAP+, etc. Foi falando que vi minhas dores, medos e desejos de melhora ecoarem em tantas outras pessoas e entendi o quanto precisávamos disso.

Criadores  precisam manter a humanidade para realizarem uma mudança positiva nas vidas das pessoas que consomem seus conteúdos. É muito fácil você começar a falar para dezenas, milhares, dezenas de milhares de pessoas e perder de vista o processo e os propósitos primeiros. 

O trabalho de criação de conteúdo pode sim, se engessar ao longo do tempo e cabe ao criador, entender que pessoas amam pessoas logo, suas mensagens devem estar carregadas de verdade.

Não tenha medo enquanto criador de expor incertezas, medos e fragilidades. Você encontra força em quem te acompanha e também oferece afago para quem está perdido.

Marcas pensando a saúde integral: consumidores se sentido bem de dentro para fora

 

Já passamos da era do consumidor ingênuo pouco atento às ferramentas de gatilhos emocionais e mentais para incentivar a compra.

Hoje em dia entendemos claramente como a publicidade e os grandes conglomerados financeiros funcionam e por isso, fazemos ou não compras, nos engajamos ou não com um debate vindo de uma marca pura e simplesmente porque achamos que vale a pena ou não. 

Marcas precisam ser mais conscientes do que nos oferecem. Fazer com que seus clientes ou público alvo se sinta inferior, vazio ou incompleto para estimular a compra, não é o caminho. A inspiração, a resolução de dilemas, conversas e debates verdadeiros podem sim, ser um bom caminho. 

Para as marcas, a lição que fica é: como sua marca  pode traduzir essa mensagem de equilíbrio, cuidado e positividade aos seus consumidores. Não precisa estar diretamente relacionado à saúde. 

Sua marca pode fazer isso mostrando o que significa bem-estar e como ela cuida do bem-estar de seus colaboradores, consumidores e stakeholders. 

 

Saiba mais sobre a tendência Minha Identidade e baixe o relatório “A Conversa: Twitter Trends” aqui



Nátaly Neri é bacharel e licenciada em Ciências Sociais, cursando atualmente MBA em Sustentabilidade e Economia Circular, Nátaly Neri é criadora de conteúdo desde 2015 na internet com mais de 1 milhão de seguidores em suas redes sociais desenvolvendo temas como veganismo, sustentabilidade, slow living, moda consciente e relações raciais, sociais e de gênero. Seu maior desejo é compartilhar aprendizados de uma vida vivida com autonomia e intenção.

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